Culminância das Disciplinas Eletivas do 1º Semestre de 2018.

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No dia 21 de junho de 2018, realizamos o encerramento das atividades das Disciplinas Eletivas do 1º semestre, com uma Culminância que vai deixar saudades na história da E.E.E.I. Olímpio Catão.

As Disciplinas Eletivas são uma inovação metodológica do PEI, que visa desenvolver a aprendizagem da BNCC, de forma diversificada.

O evento contou com a presença de nossa equipe gestora, funcionários, professores, alunos, ex-alunos, gestores de outras escolas, nosso PCNP Antônio Aparecido Almeida e nossa Supervisora Maria Matilde Abreu.

O trabalho dos alunos orientados por seus professores, envolveu muito Protagonismo, diversidade e interdisciplinaridade. Todas as Eletivas desenvolvidas envolvem áreas distintas do conhecimento para garantir a diversidade de currículo e ampliação cultural dos educandos.

As Disciplinas Eletivas tem esse nome, por serem eleitas pelos alunos, que são atendidos em suas opções na medida do possível e de acordo com o Projeto de vida que eles possuem. A sensação de pertencimento ao ambiente escolar, de liberdade de escolha, fortalecimento da autoestima e a contribuição para a sondagem de aptidões estão entre os principais pontos positivos de se adotar as disciplinas eletivas no Programa de Ensino Integral.

Com características práticas e vivências os professores abrem espaço para o desenvolvimento de competências e habilidades por meio da experiência em áreas atrativas para os jovens consolidarem seus Projetos de Vida como:  Saúde, Ciência, Segurança Pública, Exatas, Humanas, Arte e etc.

A comunidade escolar pode prestigiar o trabalho desenvolvido pelos alunos em oito stands  com temas diferentes, como: articulação da apresentação dos alunos, testes, jogos e oficinas práticas de construção de taumatrópios (usado como técnica do cinema antigo), construção de embalagens e sua relação com a matemática, experimentamos o chá inglês, também a diferença do cacau para o achocolatado, ouvimos histórias do império persa e suas conquistas, aprendemos a história da boneca Abaomy (construídas pelas escravas para alegrar suas crianças),

Jogamos argolas, escrevemos mensagens sobre o sentimento dos japoneses ao deixar seu país, aprendemos como mumificar um frango e quanto açúcar consumimos nos alimentos que ingerimos no dia a dia, além de ganharmos um lindo adereço para o cabelo baseado nas mulheres africanas. O destaque foi para o Protagonismo na explicação dos nossos alunos sobre o conteúdo trabalhado e a riqueza de conteúdo de pesquisas nos cartazes.

As Disciplinas Eletivas do 1º Semestre de 2018 encerraram-se, entretanto a ampliação cultural, as ações, as vivências, a riqueza conceitual e atitudinal trabalhadas nestas eletivas com certeza irão impactar a vida e os Projetos de Vida de nossos alunos em um futuro próximo. É a certeza do dever cumprido na formação do jovem autônomo solidário e competente.

Parabéns a toda Equipe Olímpio Catão

Simone da Silva de Paula

Professora Coordenadora Geral

Caminho da Notícia

Aprender com quem sabe

Por Élcio Luís Roefero Baz Reyes

Professor da Sala de Leitura

É mais do que notável que a aprendizagem se constrói de muitas formas, nos mais diferentes ambientes socais, desde a escola (espaço privilegiado da construção do sujeito) até outas esferas de socialização do ser – agremiações, centros religiosos, museus, cinemas, parques, exposições, viagens etc. 

A EEEI Olímpio Catão integra o programa Escola em Pauta, promovido pela Parceiros da Educação. Nesse projeto, nossos alunos produzem, com periodicidade trimestral, o jornal Voz Estudantil, veículo de notícias da escola, que tem por objetivo cobrir e informar parte dos acontecimentos ocorridos em nossa instituição e entornos. 

Por meio do Escola em Pauta, nossos alunos vivenciaram uma experiência jornalística de grande importância social e histórica: o programa Caminho da Notícia, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo. A visita institucional aconteceu em 7 de junho e foi composta pelos alunos Bernardo Soledade (6ano) Amanda Martins (7ano) Luiz Eduardo Siqueira (8ano) e Wederson Lopes (9ano), acompanhado pelo docente responsável pela edição do Voz Estudantil Prof. Élcio Roefero Baz Reyes (Sala de Leitura). 

A visita aproximou escola, conhecimento jornalístico, sociedade, ideologia e história recente do Brasil. Por meio do Caminho da Notícia, nossos alunos conheceram como nasceu um dos maiores jornais diários de grande circulação do país, seu processo gráfico de produção, sua redação e, por fim, a hemeroteca, com seu gigantesco arquivo de imagens e textos. 

Trabalhar com a produção de um jornal no contexto escolar é um importante instrumento de construção de saberes, sendo um artefato articulador de práticas educativas, facilitando o processo de comunicação na escola, despertando nos alunos suas potencialidades, e habilidades. Inserir e incentivar a produção de um jornal escolar também é uma forma de trazer para dentro da escola a cultura científica, tendo a escola uma oportunidade de levar para os alunos a interação com a leitura, letramento, tecnologia e ciência. A produção de um Jornal Escolar é um excelente instrumento para a divulgação dos projetos pedagógicos e dos conteúdos trabalhados nas áreas do conhecimento, além de poder mostrar a realidade da comunidade no qual a escola está inserida. 

Com efeito, o trabalho com a produção de um jornal desperta no aluno a autonomia, a criticidade, e um protagonismo diante de sua produção, além de despertar a noção de cidadania e participação social. Para o pensador Célestin Freinet, “um jornal escolar não está, não pode estar, não deve estar ao serviço de uma pedagogia escolástica que lhe diminuiria o alcance. Deve estar sim à medida de uma educação que, pela vida, prepara para a vida” (1974, p. 44). 

Os dos principais pilares do Programa Ensino Integral é o Protagonismo Juvenil. Por meio dele, o estudante se fortalece socialmente e ganha impulso para a sua vida adulta. Entendemos como Protagonismo juvenil a “participação do adolescente em atividade que extrapolam os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno sócio- comunitário” (COSTA, 2000, p. 90). 

Culminando a visita monitorada, cada aluno recebeu de presente um exemplar do livro “Páginas da História”, edição especial que traz mais de um século de História do Mundo por meio das principais capas do jornal O Estado de São Paulo. 

Referências: 

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000.

FREINET, Célestin. O jornal Escolar. Lisboa: Editorial Estampa. 1974.

Sala de Leitura:

Leitura e

necessidade de ler

Por Élcio Luís Roefero Baz Reyes

Professor da Sala de Leitura

Novamente a Sala de Leitura foi palco de aprendizagem real, significativa e em sintonia com o contexto social no qual os nossos educandos estão inseridos.

Com base no Descritor 8, do documento Avaliação Parceiros 2018, que atesta "Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto", mensurado no primeiro semestre do corrente ano letivo, foi projetado uma sequência didática na qual o objeto principal era fomentar a habilidade leitora, em todos os níveis, em consonância com a realidade a as defasagens dos alunos dos 6º anos, bem como fomentar, em um segundo momento, o processo de escrita, a partir das impressões leitoras individuais e coletivas.

A partir desse recorte, os educandos, acompanhados pela Prof. Patrícia Dumas (Português), iniciaram uma viagem literária prazerosa, lúdica e cheia de descobertas interessantes. Como tarefa didática, o Prof. Élcio Roefero Baz Reyes (Sala de Leitura) conduziu os trabalhos, a saber:

ü Leitura individual, coletiva e releitura do conto “A pequena só”, de Marina Colasanti. 

ü Verificação minuciosa do percurso gerativo de sentido do texto, com base na estrutura narrativa. 

ü Elaboração de fichas de leitura nas quais os acontecimentos narrados eram descritos e fundamentados, no intuito de estabelecer sentido entre o antes e o depois, bem como interpretar a ação da personagem de ficção e o papel fundamental do narrador.

Em conformidade com o que atesta o documento instrucional do Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER, criado pelo MEC em 2007, “leitura e escrita são atividades interligadas, e não temos uma linha divisória absoluta que as separe. Quando realizamos um trabalho pedagógico em que o objetivo é a escrita, estamos também desenvolvendo a leitura e vice-versa. Ao lermos, refazemos o percurso da escrita do autor do texto e, ao escrevermos, lemos nosso texto e pensamos no nosso leitor. A leitura influencia a nossa fala e a nossa escrita, porque o contato com a língua escrita da forma convencional nos mostra como as palavras devem ser pronunciadas e também nos mostra a grafia correta delas” (BRASIL, 2007, p. 11).

Com efeito, são atividades como essa que reafirmam a função primordial de uma Sala de Leitura na escola: promover a leitura de maneira competente e significativa, tecendo meios para que os educandos se tornem proficientes na habilidade leitora, em diálogo permanente com todos os gêneros do discurso. 

Referência:

BRASIL. Caderno de Teoria e Prática 5. Programa de Apoio a Leitura e Escrita PRALER. Brasília: Ministério da Educação, 2007. 

CORRESPONSABILIDADE: UM FATOR DE SUCESSO ESCOLAR

                                                                   Por Renata Ribeiro Garcia de Siqueira

         Uma das premissas do Programa Ensino Integral (PEI) é a corresponsabilidade e esta é um fator determinante para o êxito do aluno. Segundo as diretrizes do PEI “A comunidade escolar e os parceiros comprometidos com a melhoria da qualidade da educação determina outra premissa importante, a corresponsabilidade que é mais um fator de sucesso escolar pelo envolvimento e comprometimento de todos os agentes para a melhoria dos resultados da escola”.

Buscando sempre parcerias para enriquecer as experiências a partir do nosso currículo, a Disciplina Eletiva Sweet Life, ministrada pelas professoras Renata e Maria Cristina, que tem como objetivo trabalhar com o tema açúcar na intertextualidade entre Arte e Ciências, recebeu no dia 24 de maio a Sra Luciara Oliveira Niederauer Pereira, uma enfermeira atenciosa, dedicada e mãe da nossa aluna Raíssa. A Sra Luciara nos concedeu uma palestra na qual abordou os riscos relacionados ao diabetes na adolescência, hipertensão na adolescência e que a alimentação saudável juntamente com a prática de exercícios físicos regulares podem contribuir para que não se adoeça. No final houve a aferição da pressão arterial de nossos alunos. Esses dados coletados foram transformados em gráfico na sala de aula.

Estes assuntos abordados por ela são de suma importância para a conscientização da necessidade de uma vida saudável. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a hipertensão é responsável por 9,4 milhões de mortes no mundo e se engana quem pensa que os jovens estão livres desse problema. Somente no Brasil, a pressão alta atinge mais de 3,5 milhões de pessoas entre crianças e adolescentes e de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), 23,3 milhões de pessoas no país terão a doença em 2040. Desse total, 5% são brasileiros na faixa etária de até 15 anos. O aumento no número de adolescentes diabéticos em todo o país serve de alerta às autoridades públicas de saúde e também à população. Afinal, o diabetes não tem idade. Mas parte dos casos poderiam ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis. Estes dados só terão uma mudança positiva a partir da conscientização. E se faz necessário que ela comece agora com as crianças e os jovens e a escola se torna propício para esta conscientização, pois aqui se inicia a formação do cidadão. Segundo Vanessa dos Santos “Diante da importância da escola na formação de um cidadão, é fundamental que a saúde seja abordada em sala de aula”. Neste dia, após a palestra, a Sra Luciara aferiu a pressão arterial de nossos alunos e, posteriormente, em sala de aula construímos um gráfico a partir destes dados.

Estas experiências práticas potencializam o processo ensino-aprendizagem. Neste contexto, pode-se perceber que a palestra, os dados coletados a partir da vivência e a construção do gráfico contribuíram para uma significativa construção do conhecimento pelo aluno, na qual este tornou-se o sujeito da ação do aprender.