História e Língua Portuguesa trabalham juntas para Relações Étnico-raciais no 6º ano

Por Lucilene Fernandes

Educação para as Relações Étnico-raciais exige ouvir as diferentes vozes.

Nas aulas de História trabalhamos de forma sistemática habilidades relacionadas à compreensão e valorização da pluralidade cultural, seguindo as determinações da Base Nacional Curricular Comum – BNCC – e do Currículo Paulista. No ano de 2021, para enfatizar esse trabalho, foi realizado na nossa Escola o Projeto “Um Brasil, muitas nações”. E dentro deste tema, os alunos do 6º ano fizeram algumas atividades voltadas para o conhecimento e valorização das diversas culturas indígenas.

Uma das atividades do Projeto foi realizada em interdisciplinaridade com Língua Portuguesa. Em aulas colaborativas, as professoras trouxeram para os alunos fontes de pesquisa e leitura sobre algumas lideranças indígenas no território brasileiro hoje.

Inicialmente, os alunos puderam ver pequenos vídeos em que líderes indígenas apresentavam sua luta: Sônia Guajajara, Leonice Tuparu, Célia Xakriabá e Álvaro Tukano. Sobre estes vídeos, responderam perguntas em um formulário Google.

Na sequência, em duplas, com apoio da Professora de Língua Portuguesa Ane Kelly, fizeram a leitura de pequenas biografias e utilizaram a técnica do grifo para selecionar as informações importantes. A proposta seguiu com a reescrita destes textos pelas duplas.

Foram os textos dos alunos que compuseram os cartazes apresentando as lideranças indígenas no painel que fez parte da sala temática do Projeto Um Brasil muitas nações. Montada na escola, essa sala foi visitada por todas as turmas durante algumas aulas de História e Geografia, além de outras disciplinas.

Esta atividade que faz a ligação entre as habilidades de Língua Portuguesa e História, trabalhando as competências leitora e escritora, é extremamente importante, traz um objetivo de leitura e escrita que ultrapassa a sala de aula. A atividade leva os alunos refletir sobre as questões indígenas no Brasil do século XXI, superando o estereótipo do índio da época pré-cabralina e da colonização e entendo os povos indígenas como cidadãos de hoje que lutam por suas pautas e devem ter suas vozes ouvidas, assim como todas as nações que formam o Brasil.