quinta-feira, 17 de maio de 2018

Qual é a tua obra? (Mário Sérgio Cortella)

Por Lucilene Fernandes 




No Plano Individual de Formação e Aperfeiçaoamento - PIAF - a reflexão sobre uma leitura indicada foi um dos passos na direção de aprimorar a disposição para o desenvolvimento contínuo.

Eis a reflexão sobre a leitura da "obra" de Mário Sérgio Cortella.


Profissão: Professora

Professar é um termo que no dicionário tem dois significados “declarar publicamente” e “ser convicto de”. Ser professor relaciona-se, portanto a acreditar em algo, a EDUCAÇÃO, e em alguém, o ESTUDANTE. Ser professora significa estar convicto de que todos somos, e seremos estudantes hoje e sempre, de que todos temos capacidade de aprender e de que todos temos conhecimentos, impressões e opiniões dignas de ser declaradas publicamente. É neste contexto que a leitura se faz algo essencial à profissão de professora. Ser professora é ser sempre estudante. E os livros são os caminhos que de forma autônoma podemos trilhar para aprender, refletir sobre nossas impressões e ampliar nossa visão de mundo!

A obra de Mario Sérgio Cortella não me agradou, declaro publicamente. Mas nem por isso deixa de ser digna de nota. A proposta da obra é bastante interessante: refletir sobre o que nos traz um sentimento de autorrealização. Cortella nos indica que a realização, a sensação de uma vida bem vivida, advém da consciência de nossa OBRA. A consciência e a certeza de ter realizado algo, de ter ajudado alguém – independente do tamanho aparente desta obra – é o que nos faz felizes! Cortella reflete sobre lideranças, poder, autoridade... Reflete sobre a (in)significância do ser humano na enormidade do universo... Reflete sobre salário, reconhecimento e satisfação... E encerra com a pergunta “Qual é a tua obra?”

Do livro, me fica um trecho para reflexão: aquele em que o autor fala que o maestro precisa conseguir mostrar ao tocador de címbalo que ele não está toda noite trabalhando nas apresentações da orquestra apenas batendo uns pratos três ou quatro vezes. O tocador de címbalo está fazendo uma sinfonia! A ele cabe, bater os pratos, mas esse gesto é uma obra, uma sinfonia! É a consciência de que o seu pequeno papel diário faz parte de uma grande obra que traz ao ser humano a satisfação pessoal, a autorrealização.

Que quando estivermos cansados, confusos e desanimados com a pequenez de nossas ações diárias, possamos lembrar que fazemos parte de uma grande obra! A obra da EDUCAÇÃO de todos os estudantes, eles e nós!