segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Construção do Currículo Paulista à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

(Por Mariza Iunes Calixto)

Aconteceu na escola...
 A identidade docente atual tem permeado o cotidiano escolar, tornando-se um tema bastante discutido, onde gestores e docentes são solicitados a assumir o papel de agentes transformadores da educação; portanto, trazer à luz um Currículo, onde as competências específicas da área são as competências que os estudantes devem desenvolver naquela área de conhecimento. Todas as competências de áreas estão alinhadas às competências gerais. Cada área de conhecimento é formada por um ou mais componentes curriculares. Ex. Língua Portuguesa, Ciências, História, etc.

Para garantir o desenvolvimento das competências, cada componente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento que, por sua vez, estão organizadas em unidades temáticas.

O estudo traz uma reflexão com um planejamento à luz de habilidades e de competências gerais, para desenvolvimento em sala de aula e na prática mostrando que os princípios e as práticas dos professores precisam ser coerentes as competências a serem desenvolvidas nos alunos.

PRINCÍPIOS:
·         Compromisso ético, político e estético.
·         Dignidade, equidade, justiça e honestidade.
·         Respeito à diversidade.
·         Democracia, participação e inclusão.
·         Valorização do conhecimento e das culturas.
·         Desenvolvimento integra.
·         Assegura que todas as crianças e jovens aprendam.
·         Dar mais atenção às crianças e jovens com maior dificuldade.
·         Aproveitar as diferentes referencias que as crianças e jovens trazem de suas experiências.
·         Dar voz às crianças e jovens e gerar oportunidades de participação aos “quietinhos”.
·         Debater, pesquisar sobre diferentes formas de viver.
·         Estar atento às necessidades físicas, emocionais e cognitivas das crianças e jovens.

PRÁTICAS:
·         Autoconhecimento e autocuidado. Empatia e cooperação.
·         Responsabilidade e cidadania. Conhecimento.
·         Pensamento científico, crítico e tecnológico.
·         Sensibilidade e repertório cultural.
·         Fluência em tecnologia da informação.
·         Autonomia e autogestão. Argumentação.
·         Dialogar e compreender os diferentes posicionamentos e possíveis conflitos.
·         Saber utilizar os conhecimentos historicamente construídos. Tomar decisões com princípios éticos, democráticos e inclusivos.
·         Gerar situações de inquietude intelectual que gerem questionamentos, buscas e hipóteses.
·         Propor práticas artístico-culturais que provoquem as crianças e jovens a atuarem com maior sensibilidade e compreensão.
·         Propor uso de tecnologia de forma funcional. Prática, crítica, reflexiva e ética.
·         Propor situações para que as crianças e jovens possam agir com autonomia, fazer escolhas, assumir a responsabilidade e argumentar com bases e fatos.

Concluindo...
Sabemos que o Currículo deve favorecer uma conexão entre os diferentes componentes curriculares e garantir o espaço para o trabalho interdisciplinar. É preciso fazer uma leitura menos linear, e mais transversal: onde algumas habilidades vão se completando. A interdisciplinaridade pode ser pensada tanto pela ótica do que as diferentes áreas do conhecimento compartilham entre si, quanto como elas podem ajudar as outras. Identificar como se relacionam as habilidades, objetivos de aprendizagem e competências dos componentes curriculares abre possibilidades para criar caminhos conjuntos entre os componentes.
Se a educação é compreendida, como Émile Durkheim sustentou na virada do século XIX para o XX, que educar é um ato de consentimento do aluno para absorver e se adaptar às regras dos adultos, ou melhor, de convivência social, já estabelecidas antes de submissão. Se, ao contrário, a concepção pedagógica sugerida for Piagetiana, em que o aprendizado é fruto da compreensão sobre o que é estudado, a organização escola ganha outros contornos, onde os alunos são instigados a resolver problemas e dilemas, onde são convidados a refletir e a colaborar com todos os segmentos que permeiam o cotidiano escolar, pois, acreditamos ser o trabalho coletivo o caminho para o resultado e mais profícuo para o alcance das finalidades definidas pela BNCC. Assim, o resultado de uma instituição, se revela em uma realidade una e indivisível em prol de uma educação de qualidade e do fortalecimento da participação democrática na escola.
Estes momentos de estudos e reflexões, buscaram discutir criticamente conceitos, ideias e abordagens sobre a política curricular. Onde percebemos que esses elementos possibilitaram a geração de novas ideias e proposições sobre possibilidades e limites de participação dos profissionais da educação, na renovação de práticas pedagógicas das escolas públicas, que atendam as novas competências da BNCC..
Agradecemos a presença das ilustres Supervisoras de Ensino: Maria Matilde Reis de Abreu e Valdete U. da Silva Berni, que muito contribuiram para o enriquecimento dos estudos sobre o Currículo Paulista.

Referências Bibliográficas:
http://educacao.sp.gov.br
http://sinep.org.br
http://novaescola.org.br