(Por Mariza Iunes Calixto)
Aconteceu na escola...
A identidade docente
atual tem permeado o cotidiano escolar, tornando-se um tema bastante discutido,
onde gestores e docentes são solicitados a assumir o papel de agentes
transformadores da educação; portanto, trazer à luz um Currículo, onde as
competências específicas da área são as competências que os estudantes devem
desenvolver naquela área de conhecimento. Todas as competências de áreas estão
alinhadas às competências gerais. Cada área de conhecimento é formada por um ou
mais componentes curriculares. Ex. Língua Portuguesa, Ciências, História, etc.
Para garantir o
desenvolvimento das competências, cada componente curricular apresenta um
conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes
objetos de conhecimento que, por sua vez, estão organizadas em unidades
temáticas.
O estudo traz uma
reflexão com um planejamento à luz de habilidades e de competências gerais,
para desenvolvimento em sala de aula e na prática mostrando que os princípios e as práticas dos professores precisam ser coerentes as competências a
serem desenvolvidas nos alunos.
PRINCÍPIOS:
·
Compromisso
ético, político e estético.
·
Dignidade,
equidade, justiça e honestidade.
·
Respeito
à diversidade.
·
Democracia,
participação e inclusão.
·
Valorização
do conhecimento e das culturas.
·
Desenvolvimento
integra.
·
Assegura
que todas as crianças e jovens aprendam.
·
Dar
mais atenção às crianças e jovens com maior dificuldade.
·
Aproveitar
as diferentes referencias que as crianças e jovens trazem de suas experiências.
·
Dar
voz às crianças e jovens e gerar oportunidades de participação aos
“quietinhos”.
·
Debater,
pesquisar sobre diferentes formas de viver.
·
Estar
atento às necessidades físicas, emocionais e cognitivas das crianças e jovens.
PRÁTICAS:
·
Autoconhecimento
e autocuidado. Empatia e cooperação.
·
Responsabilidade
e cidadania. Conhecimento.
·
Pensamento
científico, crítico e tecnológico.
·
Sensibilidade
e repertório cultural.
·
Fluência
em tecnologia da informação.
·
Autonomia
e autogestão. Argumentação.
·
Dialogar
e compreender os diferentes posicionamentos e possíveis conflitos.
·
Saber
utilizar os conhecimentos historicamente construídos. Tomar decisões com
princípios éticos, democráticos e inclusivos.
·
Gerar
situações de inquietude intelectual que gerem questionamentos, buscas e
hipóteses.
·
Propor
práticas artístico-culturais que provoquem as crianças e jovens a atuarem com
maior sensibilidade e compreensão.
·
Propor
uso de tecnologia de forma funcional. Prática, crítica, reflexiva e ética.
·
Propor
situações para que as crianças e jovens possam agir com autonomia, fazer escolhas,
assumir a responsabilidade e argumentar com bases e fatos.
Concluindo...
Sabemos que o Currículo
deve favorecer uma conexão entre os diferentes componentes curriculares e
garantir o espaço para o trabalho interdisciplinar. É preciso fazer uma leitura
menos linear, e mais transversal: onde algumas habilidades vão se completando.
A interdisciplinaridade pode ser pensada tanto pela ótica do que as diferentes
áreas do conhecimento compartilham entre si, quanto como elas podem ajudar as
outras. Identificar como se relacionam as habilidades, objetivos de
aprendizagem e competências dos componentes curriculares abre possibilidades
para criar caminhos conjuntos entre os componentes.Se a educação é compreendida, como Émile Durkheim sustentou na virada do século XIX para o XX, que educar é um ato de consentimento do aluno para absorver e se adaptar às regras dos adultos, ou melhor, de convivência social, já estabelecidas antes de submissão. Se, ao contrário, a concepção pedagógica sugerida for Piagetiana, em que o aprendizado é fruto da compreensão sobre o que é estudado, a organização escola ganha outros contornos, onde os alunos são instigados a resolver problemas e dilemas, onde são convidados a refletir e a colaborar com todos os segmentos que permeiam o cotidiano escolar, pois, acreditamos ser o trabalho coletivo o caminho para o resultado e mais profícuo para o alcance das finalidades definidas pela BNCC. Assim, o resultado de uma instituição, se revela em uma realidade una e indivisível em prol de uma educação de qualidade e do fortalecimento da participação democrática na escola.
Estes momentos de estudos e reflexões, buscaram discutir criticamente conceitos, ideias e abordagens sobre a política curricular. Onde percebemos que esses elementos possibilitaram a geração de novas ideias e proposições sobre possibilidades e limites de participação dos profissionais da educação, na renovação de práticas pedagógicas das escolas públicas, que atendam as novas competências da BNCC..
Agradecemos a presença das ilustres Supervisoras de Ensino: Maria Matilde Reis de Abreu e Valdete U. da Silva Berni, que muito contribuiram para o enriquecimento dos estudos sobre o Currículo Paulista.
Referências Bibliográficas:
http://educacao.sp.gov.br
http://sinep.org.br
http://novaescola.org.br