Charge: gênero textual e fonte histórica

Por Lucilene Fernandes

Nesta semana, nas turmas de 9º ano, começamos a estudar charges.

Publicada no Jornal Folha de São Paulo, 17/02/19

É um estudo que leva algum tempo, já que este tipo de texto jornalístico exige habilidades de identificação de informações explícitas e implícitas, inferências, compreensão de ironia e relação com fatos reais. Ao longo do ano, os alunos realizarão análises de charges nas diversas disciplinas, desenvolvendo aos poucos sua percepção para este gênero textual e refinando sua compreensão.

A charge é um tipo de texto muito utilizado como fonte histórica, já que ao longo da história muitos chargistas documentaram suas visões político-sociais registrando de muito perto fatos históricos importantes no Brasil e no mundo. 

As primeiras atividades na aula de história envolvem a caracterização das charges, pesquisa e análise de charges atuais sobre o Brasil. A aprendizagem faz-se muito mais significativa e contextualizada quando usamos exemplos do tempo presente. O que também facilita o desenvolvimento daqueles alunos com maior dificuldade na compreensão.

Pesquisa de charges na WEB

Após análise de algumas charges em grupo na sala de aula, os alunos utilizaram a sala de informática para pesquisa. Junto das charges encontradas, os alunos tiveram como tarefa encontrar a notícia relacionada ao fato. Desta forma, os alunos estão relacionando textos verbais e não-verbais, além de estarem se mantendo informado sobre o Brasil de hoje.

Esta aula faz parte da atividade permanente "Nossa escola, nosso mundo", que trata da contextualização dos temas estudados em sala de aula. Durante o mês de fevereiro, de acordo com orientações da Secretaria Estadual de Educação, estamos estudando a formação da república no Brasil. Sobre este período histórico existem inúmeras charges dos jornais da época que serão objeto de estudo.

Trecho do documento "Orientações para os primeiros dias letivos com Foco na Aprendizagem", SEE-SP, referente à disciplina de História:

Finalmente, para a 9º ano e dando continuidade ao destaque para os conceitos de ruptura e continuidade, sugerimos resgatar os estudos realizados no 4º bimestre do ano anterior: “O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX (Economia cafeeira – Escravidão e abolicionismo – Industrialização, urbanização, branqueamento da nação e imigração)”, sublinhando a importância desses conteúdos para o advento da República no Brasil.

Começamos a construir a História de 2019...

Por Lucilene Fernandes

A implementação do novo Currículo Paulista se inicia nas aulas de História refletindo sobre a convivência, o ambiente de aprendizagem e retomando o que foi estudado no ano anterior.

O ano letivo de 2019 iniciou-se em fevereiro e com ele os estudos para implementação de um novo Currículo Paulista que segue as orientações da Base Nacional Comum Curricular - BNCC - para o ensino fundamental. A busca é de desenvolver as Competências Gerais da BNCC para a Educação Básica. (clique aqui para conhecer a BNCC)

Retomada dos estudos

As primeiras semanas de aula marcam uma retomada dos estudos realizados nos anos anteriores, buscando realizar uma "progressão das habilidades" conforme indicada no novo Currículo Paulista.  Para tanto, e de acordo com as orientações  da Secretaria Estadual de Educação no documento Orientações para os primeiros dias letivos com Foco na Aprendizagem, estamos realizando atividades "que resgatem percursos de aprendizagem e que possam fornecer elementos para um diagnóstico que, acrescido de sua experiência, pode apontar para as necessidades das turmas/salas".

Grupo de alunas do 7º ano prepara revisão dos estudos do ano anterior para apresentar aos colegas

Usando como base os textos do livro didático, os alunos foram organizados em grupos e prepararam apresentações de trechos do livro que tratam dos estudos do final do ano letivo anterior. Esta atividade contribui para:

• reativar conceitos e ideias aprendidos
• localizar historicamente no tempo e no espaço os temas estudados
• diagnosticar as habilidades de leitura, síntese e apresentação oral do texto

No 7º ano, como sugerido pela Secretaria Estadual de Educação estamos retomando “Trabalho e formas de organização social e cultural”, que foi desenvolvida nos últimos bimestres do 6º. ano, enfatizando as transformações e os conceitos de permanência e ruptura.

No 9º ano, também seguindo as orientações da SEE-SP, dando continuidade ao destaque para os conceitos de ruptura e continuidade, sugerimos resgatar os estudos realizados no 4º bimestre do ano anterior: “O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX (Economia cafeeira – Escravidão e abolicionismo – Industrialização, urbanização, branqueamento da nação e imigração)”, sublinhando a importância desses conteúdos para o advento da República no Brasil.

E como construir um novo mundo implica hoje em adotar a linguagem digital fica a nossa hastag que acompanha os trabalhos protagonistas:

 #eutambémfaçopartedessaHistória

Atividade Permanente "Nossa escola, nosso mundo"

A 10ª competência indicada na BNCC orientou a atividade de reflexão para que professora e alunos estabeleçam as regras de convivência na sala de aula, também chamada pelos estudiosos de "contrato pedagógico". 

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Foi proposto aos alunos a Atividade Permanente "Nossa escola, nosso mundo", que consiste em realizar uma aula por semana com atividades e reflexões que integrem o conteúdo estudado com o mundo real. Esta atividade favorece a contextualização e constitui um espaço de desenvolvimento da capacidade de argumentação.

A primeira reflexão partiu da ideia de como podemos e devemos pautar nossas atitudes cotidianas pelos valores que desejamos para o nosso mundo. 

• A partir da pergunta "Como é o mundo que queremos?", os alunos desenharam e apresentaram os valores e as atitudes que desejam para nosso mundo

Levantamento de palavras ditas por cada aluno que representam "O mundo que queremos"

• A seguir, conversamos sobre a necessidade de adotarmos atitudes que busquem realizar este mundo que desejamos. 
• Então estabelecemos regras coletivas para nortear nosso trabalho em sala de aula que busquem colocar em prática o mundo que queremos.

Algumas regras coletivas redigidas pela turma, a partir das ideias para "O mundo que queremos"

E assim vamos fazendo o nosso melhor...

Acolhimento da E.E.E.I. Olímpio Catão 2019

                O acolhimento de 2019, da E.E.E.I. Olímpio Catão, aconteceu nos dias 01 e 04 do mês de fevereiro, com 12 acolhedores representados  por todos os segmentos do Ensino Fundamental II. Eles passaram previamente por formação com a Vice-diretora Luciene Lavezzo Amadeu no fim de 2018, onde puderam tirar suas dúvidas quanto às ações que seriam desenvolvidas e preparar-se para receber os novos alunos.

O acolhimento no Programa de Ensino Integral tem entre outros objetivos dar as Boas Vindas aos alunos que chegam para compor o quadro discente da nossa escola e favorecer a construção do caminho para seu Projeto de Vida, assim como a reflexão valorização de seus sonhos.

No primeiro dia do Acolhimento, Os Quatro Pilares da Educação permeiam todas as ações desenvolvidas pelos acolhedores, através de  dinâmicas que  fortalecem o Aprender a Ser e Conviver, como o Contrato de Convivência, onde os alunos estabelecem itens importantes ao convívio escolar como pontualidade, assiduidade, respeito e responsabilidade. A Cartilha: “Quem sou eu”?, contém reflexões pessoais, qualidades, defeitos e uma linha do tempo, onde os alunos descrevem os itens mais importantes de suas vidas.

Vídeos como: “O Indiano”, Recomeçar e Desafiando Gigantes, e  texto a Árvore dos sonhos, trabalham temas relacionados à Persistência, Protagonismo e trabalho em equipe, e levam os alunos a refletirem sobre a necessidade de ter perseverança na luta pela realização de seu Projeto de Vida.

Nas oficinas do aprender e fazer, os alunos desenvolveram dinâmicas como: Esse problema não é meu, Construindo a Escola dos nossos sonhos, Dinâmica da Forca e A Torre, onde os alunos desenvolvem autonomia e criatividade para trabalhar em grupo.

A introdução dos conceitos relacionados ao Protagonismo Juvenil, reproduzem situações que possam ser vivenciadas na escola com a atuação protagonista dos alunos e despertar nos jovens os seus maiores sonhos. A dinâmica “Nossa História”, trabalha a capacidade de lidar com imprevistos, já a da “Vassoura”, desenvolve a concentração, a iniciativa e o tempo de respostas dos alunos.

O vídeo “Mágico Renner” e o texto “Estrela do mar”, trabalham questões relativas ao Protagonismo Juvenil como agente de mudança na sociedade e valores sociais.

A introdução ao conceito de Projeto de Vida é feito com o texto de Saulo Fong, “O que os jovens precisam saber sobre o que é o Projeto de Vida?” que traz a tona a necessidade de fazer escolhas e traçar metas com uma visão de futuro.

A Música “Aquarela” é tocada durante a construção da escada e do Varal dos Sonhos, e sob a orientação dos acolhedores os alunos planejam degrau a degrau, qual é a meta a ser alcançada a cada ano.

O vídeo “O que você vai ser quando crescer”, “Todo bom começo tem um bom professor e a “Construção do céu dos sonhos”, assim como a Dinâmica “Vamos pensar juntos?  Colaboram para a compreensão e debate na classe sobre os temas como: Projeto de Vida, Protagonismo, Os quatro Pilares, compromisso e sonhos.

Na Culminância, no período da tarde do dia 04 de fevereiro, os alunos apresentaram cartazes e textos elaborados durante os dois dias do acolhimento e representaram os conhecimentos adquiridos durante o desenvolvimento das atividades. Em seguida, os alunos cantaram a Música “Aquarela” ( Toquinho) no palco da escola e o acolhedor Luiz Eduardo Garcia de Siqueira, fez um encerramento, fazendo a contextualização da música, com a importância das escolhas que impactam em seu futuro e  Projeto de Vida.

Simone da Silva de Paula

Professora Coordenadora Geral